quinta-feira, 26 de agosto de 2010

luar

Ou soa a falso ou será teimosia? Porque tens que ser assim tão duro ou inflexível? Ou disfarçaste muito no outro dia, ou então não sei.
O que te atormenta é uma coisa inexplicável, mas eu gostaria de saber o que é! A vida não é assim... Já não sou uma criança, mesmo que o seja aos teus olhos.

sábado, 7 de agosto de 2010

passeio...



Gosto muito de passear pelas ruas da minha terrinha. Cada vez que o faço encontro algo novo. É incrível a capacidade que temos de passar quatrocentas vezes pelo mesmo local e não repararmos nas coisas mais simples, no objecto mais vulgar, na montra mais moderna.

Custa-me subir a rua de minha casa... Não porque não esteja habituada... Apenas tenho os pés doridos de mais um dia de trabalho! Mas é tão bom subir a encosta e ver as gentes. Todos os rostos com que nos cruzamos são familiares... Um olá, um levantar de mão a cada buzina que passa... Quer dizer, eu nunca sei bem quem me acena do lado de dentro do carro... Não me perguntem a marca da viatura de ninguém. É mais uma futilidade para ocupar o meu cérebro, e prefiro ocupar-me de coisas mais importantes...
Acho piada ao olá, tudo bem? Que tem como resposta um olá, tudo bem? E nunca há desenvolvimento de conversa, porque como ambos estão na sua caminhada pelas ruas da terra, não há paragem possível, nem conversa de jeito haveria caso houvesse paragem...

Continuo a circular até ao fundo da avenida. O caminho é longo, lento e a direito... Passamos casas velhas, obras, casas novas, árvores, crianças de bicicleta, pessoas nos bancos de jardim, a fofocar, a fumar, a fazer marcha como nos olímpicos, a parar para ver as montras. Depois chegamos a praça de táxis, perto do parque infantil e os pés começam a colar ao passeio. A àrvore centenária já perdeu as folhas que ao cair atolaram o chão de substâncias resinosas...

Volto para trás, quero passar no meu largo... Vejo muito alegria... Boas vibrações, mas más também... Há beata na área, se bem que tenho a ligeira ideia que os homens estão a ficar bem piores... Largam copos na entrada do "meu berço" e fico furiosa. Mas passa! e volto para a minha casinha linda, feliz da vida. Despeço-me de ti com um beijo e um abraço... Humm, e vou dormir como um anjinho!